Automutilação

Por: Hérica Santos

Automutilação é definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão física direta ao próprio corpo, sem intenção consciente de suicídio. Os atos estão associados ao transtorno de personalidade borderline, e geralmente tem como próposito de aliviar as dores emocionais, onde machucar o próprio corpo se torna válvula de escape para os problemas internos. O que leva uma pessoa à automutilação ainda não foi bem definido, mas na maioria dos casos é: sentimento de rejeição, abandono, medo, raiva, decepções, fortes emoções, bullyings, problemas domésticos, sensação de vazio, inutilidade, entre outros. As formas mais frequentes de se automutilar são: cortar a própria pele, bater em si mesmo, arranhar-se ou queima-se. O ato de se cortar é voluntário, ou seja, as consequências são previsíveis, como também desejadas. Segundo a psicóloga Jamille Saad, a automutilação pode ocorrer também devido a algum distúrbio psicológico. "Existem diversos distútbios que podem levar uma pessoa à  automutilação. Os mais comuns são: transtorno bipolar, transtorno esquizoafetivo, e algumas vezes esquizofrenia. Pessoas em depressão e muito ansiosas também podem recorrer à automutilação. Geralmente esta ocorre durantes surtos psicóticos. Ás vezes também está ligada à culpa, em que a pessoa se mutila como uma forma de ser punir por algo que fez a alguém."
Os casos de automutilação  são resolvidos com tratamentos psiquiátricos e psicológicos. A família também necessita de um apoio para compreender melhor e colaborar para o resultado mais eficaz.
A pessoa que se automutila, normalmente tem dificuldade de expressar o que tá sentindo com palavras, por isso não consegue falar publicamente sobre suas angústias e nem chorar na frente de ninguém. Alguns dizem que escrever (poemas, histórias, etc.) ajudam a expressar emoções.
Alguns tendem a se afastar da família e amigos, buscando poupá-los do mal que presumem ser sua presência. Com um tempo começam a praticar sozinhos atividades que costumavam executar em grupo.
Logo após uma crise, em que o automutilador fere o próprio corpo, o sentimento que permanece é, geralmente, de culpa. Chora muito e a sensação de fracasso é extrema.
Embora eles achem que os cortes ou queimaduras aliviam a dor emocional, eles estão enganados, o que acontece é que os cortes liberam endorfina, substância que mantêm o automutilador momentaneamente dispensos de dores emocionais.
Os automutiladores, no geral, sentem compaixão por outras pessoas que sofrem do mesmo problema e tentam ajudá-los.
Outro fator que deve ser investigado está relacionado à associação entre dor e prazer. O comportamento autodestrutivo constatemente carrega uma carga de prazer associado, muito comum de ser encontrado em masoquistas.

- Famosos que já sofreram de automutilação (e outros transtornos)
Demi Lovato: Depressão, automutilação e bulimia
Débora Evelyn: Anorexia
Lady Gaga: Bulimia e Anorexia
Mary Kate Olsen: Anorexia nervosa
Cássia Kiss: Bulimia
Débora Nascimento: Anorexia
Isabela Fiorentino: Bulimia
Stephanie Prat: Bulimia
Anahí: Anorexia
Princesa Victória da Suécia: Anorexia